Entre 1 e 15 de Maio, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou 697 fogos nas florestas, combatidos por cerca de seis mil bombeiros. Os dados disponíveis na página da Internet da Autoridade mostram ainda que os fogos da primeira quinzena deste mês são quase tantos como em todo o mês de Maio do ano passado, período em ocorreram 866 incêndios.

O dia com maior número de incêndios ocorridos na primeira quinzena de Maio foi na passada quarta-feira (14 de Maio), tendo sido contabilizados 108 incêndios, que envolveram 975 bombeiros, com o auxílio de 292 veículos. A partir de agora, as estatísticas já vão entrar na pré-época dos fogos. A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, começa ontem e envolve no terreno 5175 operacionais, 1251 viaturas, 34 meios aéreos e 70 postos de vigia.

Os dados constam do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que refere ainda que os meios aéreos não serão disponibilizados logo no início da fase Bravo. O meios no terreno vão ser reforçados este ano com mais 250 bombeiros e quatro aviões relativamente a 2013. O Ministério da Administração Interna prevê gastar 85 milhões de euros no combate aos fogos.

Desde ontem, o dispositivo contará com oito meios aéreos, sendo que outros cinco serão disponibilizados a 1 de Junho, 17 a partir de dia 15 de Junho e os restantes quatro no dia 20 desse mês, segundo explicou à Lusa fonte da ANPC.

Durante a fase Bravo estão operacionais 512 equipas de vigilância terrestre, 315 equipas de vigilância e ataque inicial e 681 equipas de combate. À fase Bravo - que termina a 30 de Junho - sucede a fase Delta, considerada a mais crítica em incêndios, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro. O Relatório Anual de Segurança Interna relativo ao ano passado revela que 130 pessoas foram detidas em 2013 pelo crime de incêndio, mais 34 do que em 2012, e 48 ficaram em prisão preventiva.

COMUNICAÇÕES No início desta semana, o ministro Miguel Macedo anunciou que o governo vai entregar às corporações de bombeiros do país, até ao final de Maio, 2600 novos equipamentos portáteis de comunicações, para reforçar a segurança no teatro das operações.

Até ao final do ano, segundo a tutela, serão distribuídos pelas corporações do país mais de 9 mil terminais de comunicação, uns fixos, outros móveis.

Também para o reforço da segurança, o ministro destacou o guia de bolso elaborado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, com "regras básicas que todos devem seguir no teatro das operações". A isto juntam-se, ainda, os equipamentos de protecção individual, que serão distribuídos até final do ano, no âmbito de um concurso público orçado em mais de 7 milhões de euros. 

Fonte: Ionline