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26-03-2014
Sociedade

Alunos de Chaves lançam abaixo-assinado contra "eventual" fecho do polo da UTAD

Alunos de Chaves lançam abaixo-assinado contra eventual fecho do polo da UTAD
Os estudantes universitários fixados em Chaves lançaram hoje um abaixo-assinado para contestar o "eventual" encerramento do polo local da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O vice-presidente da Associação Académica do polo da UTAD, Samuel Oliveira, referiu que se pretende juntar mais de 5.000 assinaturas para uma petição a enviar à Assembleia da República. O objetivo é conseguir a continuação do polo em Chaves e a implementação de novos cursos.

O dirigente realçou que, na página de internet da Direção Geral do Ensino Superior (DGES), não há referências à abertura de vagas para o polo de Chaves para o ano 2014--2015.

"Se não há vagas, não há alunos, logo significa que o polo vai encerrar", disse.

A confirmar-se o fecho do polo da UTAD, Samuel Oliveira considerou que Chaves irá sofrer uma "tremenda perda".

"Sai toda a gente a perder, desde estudantes a comércio local, transportes ou indústria mobiliária", frisou.

O estudante ressalvou que uma cidade sem universidade fica "sem vida e sem movimento".

"As superfícies comerciais vão fazendo algum negócio graças aos estudantes, sejam muitos ou poucos", salientou Samuel Oliveira.

O estudante afirmou que o curso de Turismo, pelas valências de Chaves, nomeadamente as termas, faz "todo o sentido" continuar na cidade.

As instalações do polo da UTAD de Chaves são do município, por esse motivo, a instituição tem "menos" uma despesa, acrescentou o universitário.

Samuel Oliveira afiançou que a Associação Académica já reuniu com o presidente da Câmara de Chaves e tentou ainda contactar a reitoria para obter uma explicação, mas não obteve resposta.

O reitor da UTAD, António Fontainhas Fernandes, afirmou à Lusa que ainda não há nenhuma decisão sobre o fecho do polo, mas um grupo de trabalho, composto pela UTAD, autarquia e atores da região, está a equacionar uma oferta educativa a nível superior que pode não passar pela atual.

"Tem de se estudar um formato alternativo de forma a manter o ensino superior em Chaves, mas que defenda os interesses da região", frisou.

Na opinião do responsável, em Chaves não há um polo universitário, à luz da tutela existe apenas um curso em Turismo e essa situação é "insustentável".

Acrescentando que se o curso for deslocalizado para Vila Real, havendo mesmo uma decisão nesse sentido, os estudantes "nunca" serão lesados.

O polo de Chaves tem cerca 350 alunos divididos pelos cursos de Turismo e Animação Sociocultura, para o qual não abrem vagas há dois anos, e partilha instalações com a Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado.

O "possível" fecho do polo, que vem sendo discutido há quatro anos, tem vindo a merecer críticas por parte de autarcas, partidos políticos e instituições locais.

Fonte: portocanal.sapo.pt

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